Vídeo eletroencefalograma (Vídeo-EEG)

O exame de vídeo eletroencefalograma (vídeo EEG) é realizado da mesma forma que o eletroencefalograma tradicional, com o acréscimo de um registro simultâneo em vídeo. Os resultados da atividade cerebral e as imagens são analisados por um médico especialista em área de eletrofisiologia.

O vídeo EEG auxilia o médico a definir se as manifestações apresentadas pelo paciente são de natureza epiléptica ou não.

O tempo de registro prolongado é extremamente útil para documentar características clínicas das crises convulsivas/epilépticas, localizar o início e a propagação das descargas e classificar corretamente diferentes tipos de crises epilépticas, possibilitando o diagnóstico e a programação terapêutica clínica ou cirúrgica, assim como o seu prognóstico.

Vídeo-EEG é um procedimento não invasivo, não doloroso. O paciente é mantido em constante monitorização, com registro contínuo da atividade elétrica cerebral e supervisão médica, o que possibilita elucidar um evento paroxístico assistido e relatado por familiares ou pelo paciente determinando sua natureza, epiléptica ou não.

O tempo de realização do exame depende da indicação do médico, sendo, em média, de 24 horas. O registro eletroencefalográfico com menor tempo de avaliação também pode ser utilizado (até 12 horas), tendo como objetivo primordial minimizar o desconforto da monitorização prolongada.

A população pediátrica se beneficia com o registro videoeletrencefalográfico, tendo em vista a peculiaridade das crises epilépticas na infância, a incapacidade destes pacientes em descrever fenômenos subjetivos e a dificuldade de caracterizar a natureza de um evento, mesmo quando este é assistido por um profissional.

 

Objetivo principal

Identificação e classificação adequada das crises epilépticas para auxílio diagnóstico e melhor abordagem terapêutica.

 

Principais indicações

- diagnóstico diferencial entre eventos epilépticos e não epilépticos (síncopes, arritmias cardíacas, distúrbios do sono e distúrbios psiquiátricos, entre outros);

- classificação de síndromes e crises epilépticas (por exemplo: parcial, generalizada; tônica, atônica, mioclônica, espasmos, tônica-clônica);

- determinação da zona epileptogênica na investigação pré-cirúrgica para epilepsia,

- determinação da freqüência das crises;

- avaliações dos casos de epilepsia refratária ao tratamento medicamentoso;

- resposta às intervenções terapêuticas.